Existe uma longa discussão no mundo dos games à respeito de qual seria o aspecto mais importante em que um jogo deve se destacar para ser considerado uma obra prima. Algumas pessoas defendem que são as mecânicas, outros falam de gráficos e, por fim, tem os que defendem as histórias.

Particularmente, acho incrível quando jogos conseguem combinar esses três elementos, mas admito que se eu tivesse que escolher apenas um, com certeza diria que uma boa história é o suficiente para fazer um simples jogo se transformar em uma experiência completamente impactante na vida de qualquer um.

Por isso, hoje quero falar sobre uma das melhores histórias que eu já vi na vida, responsável por despertar a minha paixão por indie games e também por inspirar a criação do Quest Giver.

To The Moon, originalmente lançado em 2011, é uma narrativa interativa – bem similar ao gênero point and click. Criado pelo desenvolvedor canadense Kan Gao, através de seu próprio estúdio – Freebird Games – e remasterizado para o Nintendo Switch no começo de 2020.

O jogo original foi criado na plataforma RPG Maker, logo após o desenvolvedor ficar extremamente impactado com uma experiência em que quase perdeu o seu avô, algo que o fez questionar bastante sobre a ideia de carregar arrependimentos até seu leito de morte. E este fato é relevante, pois é exatamente esse tema que inspira toda a bela história de To The Moon.

Então pegue o seu lencinho (você vai precisar) e venha descobrir mais sobre essa obra a seguir!

To the Moon – Freebird Games

Para a lua?

Por tratar-se de um jogo onde o desenrolar da história é a parte mais relevante da aventura, vou contar apenas a premissa inicial de To The Moon para não estragar nenhuma surpresa!

Você vai assumir o papel de dois cientistas, Neil Watts e Eva Rosalene, que trabalham para a Sigmund Corp., uma empresa que oferece um serviço bem peculiar: alterar as memórias de pacientes em seus leitos de morte para que eles possam “realizar seus maiores sonhos”.

Correndo contra o tempo

A ideia aqui é bem parecida com o que acontece no filme “Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças”, mas dessa vez com uma resolução mais positiva, já que o paciente poderá descansar tendo a convicção de ter conquistado o seu principal objetivo em vida, mesmo que isso só aconteça dentro de sua cabeça.

E tudo começa assim em To The Moon, com Johnny, um paciente que está a beira da morte, solicitando que você o ajude a cumprir uma ousada meta que ele não conseguiu em vida: ir para a lua.

Para isso você deverá entrar na mente do paciente com o uso de uma complexa tecnologia e reviver, um por um, os principais momentos da vida de Johnny de forma cronológica. Sua jornada consiste em descobrir o que deve ser alterado e despertar em uma fase mais jovem esse desejo de chegar até a lua, algo que nem mesmo o próprio paciente sabe explicar a razão de ser tão importante.

E isso é tudo que você precisa (e deveria) saber para iniciar sua jornada por To The Moon.

Como fazer alguém ir para a lua?

Uma jornada emocionante

O gameplay em To The Moon é extremamente básico: você simplesmente anda e interage com objetos para dar continuidade à narrativa. Mas quando você conta com uma história tão impactante, diálogos extremamente bem escritos e personagens carismáticos, eu garanto que isso não será um problema.

Afinal, o simples fato de explorar toda a vida de uma pessoa, passando dos seus últimos anos até chegar ao começo da sua juventude, já é uma premissa interessante por si só. E você vai acabar descobrindo que não é uma tarefa tão simples assim convencer alguém que ele deveria fazer uma jornada espacial para conhecer a lua…

Consulte os principais fatos

Durante To The Moon, você vai contar com um diário que contém todas as informações obtidas até agora sobre a vida do paciente que você está explorando. Fatos relevantes, itens recolhidos pelo caminho e até detalhes sobre as pessoas do passado de Johnny estarão sempre à sua disposição para serem consultados.

E claro, como já é costume aqui no Quest Giver, eu PRECISO mencionar a trilha sonora de To The Moon. As músicas presentes na aventura funcionam com perfeição para dar o tom de cada cena que você irá explorar dentro da mente de Johnny, fazendo com que fique ainda mais fácil se emocionar com a história e se deixar levar por esse mundo.

Agora, um aviso: se você já está interessado em jogar To The Moon, sugiro que o faça só com o que sabe até agora! De qualquer forma, caso você ainda precise de um empurrãozinho, confira o trailer de lançamento do game.

To The Moon – Release Trailer

To The Moon é um daqueles raros jogos que eu gostaria de poder apagar da minha memória só para reviver essa experiência pela primeira vez novamente. Mas já que isso ainda não é possível, eu fico feliz de poder convencer mais pessoas a conhecer essa maravilha história. 😉

Prepare-se para se emocionar (é sério…), e embarque na inesquecível jornada de To The Moon.

Adquira To The Moon:

Versão Mobile:

Curtiu a sua jornada emocionante em To The Moon? Que tal experimentar outros jogos indie com histórias impactantes e personagens bem construídos? Dê uma olhada em Celeste, Stardew Valley ou Undertale!

3 comentários em “To the Moon

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