Há algum tempo atrás, escrevi aqui no Quest Giver um resumo sobre um dos meus jogos indie favoritos: Bastion, da Supergiant Games. Portanto, não me surpreendi muito quando fiquei completamente apaixonado por Transistor, o segundo game produzido pelo mesmo estúdio e lançado oficialmente em 2014 para o Playstation 4 e Steam.
Decidi jogar Transistor uma segunda vez em 2019, graças ao seu lançamento para o Nintendo Switch, e mais uma vez me deixei levar pela incrível narrativa e divertido gameplay que a Supergiant Games conseguiu implementar no jogo.
Portanto, se você também é fã do trabalho do estúdio ou simplesmente está procurando um RPG de ação com uma aventura rápida e bem construída, veja abaixo alguns ótimos motivos para que você dê uma chance para Transistor.

Um futuro sombrio
Assim como em Bastion, Transistor não perde muito tempo contextualizando a história do jogo em detalhes, e foca diretamente na ação para que você, aos poucos, vá desvendando os segredos dessa cidade futurística – chamada de Cloudbank, e seus habitantes. A estética da cidade inclusive lembra muito os cenários vistos em filmes do estilo cyberpunk, como Blade Runner ou Ghost in the Shell.
No início do jogo, a protagonista da aventura é atacada por um grupo de pessoas carregando um estranho objeto em formato de espada – a Transistor. Isso poderia ter sido seu fim, não fosse o sacrifício de seu parceiro, que tomou o golpe em seu lugar e por consequência teve a sua consciência transferida para o curioso artefato que o “matou”.
Agora, armada com a Transistor, Red – uma famosa cantora que teve a voz roubada pelas mesmas pessoas que a atacaram, deve perseguir os culpados que causaram tudo isso para tentar trazer o seu parceiro e a sua voz de volta. E para isso, ela conta com a ajuda de seu amado, que pode se comunicar com ela o tempo todo através da Transistor em si.

Planeje seus movimentos
Esse misterioso artefato que foi parar em suas mãos é muito mais do que uma simples espada. E é graças aos poderes que ele concede que o combate de Transistor se torna tão interessante. As batalhas funcionam como um jogo de ação, ou seja, tanto você quanto os seus inimigos têm liberdade total de movimento e podem atacar sem nenhuma restrição.

Porém, graças a sua nova arma, é possível causar um congelamento do tempo durante as lutas e planejar um turno inteiro de ataques contra seus oponentes sem que eles possam fazer nada para se proteger.
Mas claro, nem tudo é positivo: esse poder permite apenas um número bem limitado de ações, e te deixará vulnerável enquanto espera ele recarregar para que possa ser usado novamente. Ou seja, quanto mais inimigos você eliminar durante a pausa, melhor será a sua situação. Acredite, um turno mal aproveitado pode levar você a derrota bem mais rápido do que você espera.
Para deixar tudo mais interessante, os inimigos em Transistor, uma espécie robótica que está aos poucos consumindo toda a cidade de Cloudbank a sua volta, foram desenvolvidos para dificultar as suas estratégias durante cada turno. Alguns contém escudos protetores, outros se teleportam após receberem um ataque e outros possuem uma barra de vida tão grande que uma pausa só não é o suficiente para eliminá-los.
E é claro que em algumas lutas todos vão te atacar ao mesmo tempo. 🙂

Ataque do seu jeito
Além da mecânica descrita acima, existe muito mais para explorar no combate de Transistor. Sua arma funciona como uma espécie de computador, tendo um espaço limitado de “memória” que permite que você personalize as suas ações ofensivas do seu jeito. E saiba, são inúmeras as opções de habilidades para que você ataque da forma que achar melhor.

Cada uma dessas habilidades pode ser aplicada de três formas: Um ataque básico; um upgrade para um dos seus ataques ou como um efeito passivo. Dependendo da forma que você utiliza cada habilidade, sua funcionalidade acaba variando bastante.
Por exemplo: um golpe que ao ser usado normalmente gera um efeito de envenenamento no oponente, pode fazer com que outra habilidade aplique esse mesmo efeito quando utilizado no formato de upgrade.
Deixar a Transistor com a sua cara é uma das melhores partes do jogo, que incentiva o jogador a testar todas as combinações para encontrar aquela que mais combina com você.
E é claro, como já é normal se esperar de um jogo da Supergiant Games, você pode ter certeza que Transistor também se destaca por um visual incrível e futurista, uma narrativa cheia de mistérios que vai se tornando mais intrigante a cada capítulo e uma trilha sonora que cria o clima ideal para a sua aventura.
E para aqueles que terminarem o jogo, Transistor possui a opção de um New Game +, permitindo que você já comece a aventura com todas as habilidades desbloqueadas e aumentando os desafios que você encontra pelo caminho. Considerando que a narrativa é “curta” para os padrões atuais de games, eu recomendo bastante uma segunda rodada. 😉
Resumindo: Se você nunca jogou Transistor, saiba que você está deixando de passar um dos melhores indie games da última geração, e eu sugiro que você conserte o mais rápido possível.
Adquira Transistor:
- Steam: http://bit.ly/Transistor_Steam_QG
- Nintendo eShop: http://bit.ly/Transistor_QuestGiver
- Playstation Store: http://bit.ly/Transistor_PS4_QG
- App Store: http://bit.ly/Transistor_Mobile_QG
Para quem se apaixonou pela ação e narrativa de Transistor, eu recomendo bastante que você experimente Bastion, o primeiro jogo da Supergiant Games. Agora, se você está procurando algo com cenário futurístico e batalhas estratégicas com turnos, dê uma olhada em Into the Breach.

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